Se não estudaste nada e não fazes a menor ideia do que o professor pretende, talvez o melhor seja mesmo entregar em branco para não fazeres ninguém perder tempo.
Qualquer coisa é melhor do que escrever barbaridades, e foi mesmo isso que este aluno penso. Apesar de não saber a resposta a nenhuma pergunta, quis “recompensar” o professor.
Alfonso Méndiz já leu certamente toda a casta de respostas nos testes ao longo da sua carreira como docente. No entanto, nenhuma o impressionou tanto como a de um aluno num teste de História e Teoria da Publicidade.O estudante da Universidade Internacional da Catalunha não soube responder a nenhuma das quatro perguntas colocadas pelo professor, mas escreveu um texto que levou Alfonso Méndiz a considerar que “este foi o melhor exame” que alguma vez corrigiu.
Conta o professor que no dia do exame, 13 de janeiro, chegou à sala, distribuiu os exames e escreveu no quadro: “Boa Sorte a todos”. A correção dos testes demorou algumas semanas, tendo a de um aluno em particular captado a sua atenção.
Segundo relata o El Español, Enrique Ruiz, um dos melhores alunos da turma, não terá sabido responder a nenhuma das questões. Isso desde logo deixou o professor surpreendido, mas o melhor ainda estava para vir.
Enrique decidiu fazer uma dissertação baseada na frase escrita no quadro, com o título ‘A sorte não existe. A história do trevo de quatro folhas’.
Escrito a lápis, o jovem contava a história de Cati, uma das alunas mais estudiosas da sala, e de Enrique. Ambos teriam encontrado um trevo de quatro folhas mas dedicaram-lhe atenções diferentes. Enquanto Cati, durante 100 dias, se dedicou à gestação da planta, Enrique não quis saber da sua descoberta. “A sorte só existe se fizeres para que isso aconteça”, concluía na sua história.
Peço, a si e a mim, desculpa por este erro, Alfonso. Não estudei o suficiente e por isso não quis escrever barbaridades. Espero, ao menos, que tenha passado um bom bocado”
O professor gostou tanto do texto que o publicou na sua página de Facebook, tendo este sido partilhado por vários dos seus amigos, que lhe pediram que desse uma nota positiva ao jovem pela sua imaginação.
Ao El Español o professor explica que não poderia premiar a falta de estudo, mas que não deixou de colocar uma nota no teste de Enrique sobre o facto de ter gostado do texto.
Já o jovem mais tarde explicou que passou por diversos problemas familiares durante a época natalícia, que o impediram de dedicar o tempo que gostaria aos estudos.
O teste de História e Teoria da Publicidade, por ser um dos últimos, foi aquele a que menos atenção conseguiu dar.
Quando a sua história se tornou viral na Universidade, Enrique teve receio de que considerassem que a sua resposta se tratava de uma falta de respeito, contudo aquilo que aconteceu foi precisamente o contrário. Todos elogiaram a forma como deu a volta à situação.
