A confirmar-se, é uma das maiores burlas tecnológicas dos últimos tempos e aconteceu mesmo aqui ao lado na vizinha Espanha.
A Zetta, uma empresa espanhola terá recebido cerca de 700 mil euros de apoios governamentais, porque dizia estar a produzir em Espanha. Prometia smartphones com a mesma qualidade de um iPhone, mas a preços três vezes mais baixos. Agora revelou-se uma fraude.
A empresa limitava-se a comprar telemóveis chineses da marca Xiaomi, a muito baixo custo, que depois revendia sob a marca Zetta. O logótipo da marca, uma bolota mordida (numa referência à maçã da Apple), já levou a que o caso seja referido na imprensa espanhola como o Bolotagate.
De facto os telemóveis da Xiaomi são excelentes e muito mais baratos do que o iPhone. Eu próprio tenho um Xiaomi ( Redmi Note 4 ) e não podia estar mais satisfeito. O problema é que a Zetta garantia estar a produzir o telemóvel em Espanha e com isso conseguiu 700 mil euros em apoios do Governo, em cima dos lucros, sem ter qualquer custo de produção.
A denúncia levou ao encerramento da página da Zetta na Internet no domingo. A empresa fundada em 2014 por Unai Nieto e o seu sócio Eric Cui deu conta disto na sua página no Facebook mas disseram que estavam a ser “alvo de um ataque”, dando uma de Cristina Ferreira. Só falta agora lançarem um perfume.
Pode ter sido uma das maiores fraudes tecnológicas dos últimos tempos. A Zetta, que lançou o seu primeiro telefone em meados do ano passado, conta já com sete lojas na Estremadura e mais de 80 pontos de distribuição em Espanha.
Os utilizadores começaram a detetar demasiadas semelhanças entre os terminais da Zetta e da chinesa Xiaomi, em particular do modelo Zetta Conquistador 5.5 Gold (275,95 euros). Com 32GB de memória e 13 Mpx de câmara o mesmo é na verdade o Redmi Note 2, da Xiaomi.
Fotografias colocadas por utilizadores revelam ainda terminais da Zetta, com películas a tapar na zona das baterias a origem.
A confirmar-se a fraude a empresa arrisca-se a uma multa milionária.
Mudando a história inicial, a empresa publicou um comunicado no site há algumas horas confessando que não produz nada. Agora admite que apenas recebe da China e adapta o software para uso Europeu e cola umas etiquetas.
Dizem agora que o real valor da sua marca é o serviço pós-venda e dizem ser uma empresa humilde de apenas 7 pessoas. Claramente com os bolsos bem cheios à conta desta trafulhice.