Calma, ainda não é desta que vais poder entrar para uma cápsula na Buraca e sair numa das Luas de Jupiter. Ainda assim, esta tecnologia é fantástica e poderá ser revolucionária.
A teoria é bastante complexa, mas, resumidamente, baseia-se no entrelaçamento quântico dos átomos que une duas partículas diferentes em lugares distintos, respeitando os princípios do teletransporte – o conhecido paradoxo EPR, postulado em 1935 por Einstein, Podolski e Rosen.
Graças a esse fenómeno, é possível investir em redes de comunicação mais seguras do que as que já existem correntemente.
“Se duas pessoas partilham um par de fotões entrelaçados, a informação quântica pode ser transmitida de forma desincorporada – ou seja, teletransportada. Isso deixa a eventuais bisbilhoteiros absolutamente nada para interceptar, impossibilitando-os de ler uma mensagem secreta que seja enviada”
É como se a informação saísse de mim… e chegasse a ti, sem nunca ter de passar pelo caminho entre nós. Isto é a definição de teleporte.
A internet quântica parece ser a nova investida da NASA para o futuro. Uma equipa de investigadores do Laboratório de Propulsão a Jacto da agência conseguiu teletransporte quântico na maior distância já registada fora de laboratório, usando apenas fibra apagada.
Por muito que haja quem diga que é possível, ainda é cedo para que a frase “Beam me up, Scotty” salte dos filmes de ficção científica para a nossa rotina diária, mas algum dia imaginou que o teletransporte aplicado à internet e ao envio de dados poderia estar tão próximo?
Segundo o Daily Mail, uma equipa de investigadores da NASA conseguiu realizar com sucesso um teletransporte quântico na maior distância já registada fora de laboratório, enviando um fotão a 6 km de distância através de uma rede metropolitana real, em Calgary, no Canadá.
Os testes da NASA, cujos resultados foram divulgados esta quinta-feira, têm como objectivo conseguir no futuro comunicações seguras e totalmente criptografadas.
Para conseguir esta proeza fora de um ambiente totalmente controlado, os investigadores utilizaram a plataforma de detecção super-condutora do JPL, o Laboratório de Propulsão a Jacto da NASA, a fim de detectar fotões transmitidos nos mesmos comprimentos de onda que são usados nas telecomunicações, com o mínimo ruído possível.
As experiências usaram apenas “dark fiber”, ou fibra escura, sem o auxílio de quaisquer equipamentos electrónicos ou de rede como repetidores.
Os investigadores acreditam que será possível em futuros testes de teletransporte de partículas conseguir distâncias ainda maiores .
Mas a agência especial norte-americana está já a pensar à escala astronómica, e planeia usar o novo método de comunicação ao espaço, para ajudar nas suas missões espaciais.
Falta ainda muito para que possamos ver a tecnologia a funcionar à escala espacial, onde os repetidores sejam dispensados e os canhões laser se encarreguem do processo de envio das partículas.
FONTE: ZAP / Canaltech