Dois mortos, um GNR e um civil, e três feridos, dois GNR e um civil, são o balanço de um dia de pânico vivido na região de Aguiar da Beira, que está a viver uma situação pouco comum no nosso país.
Na América esta história seria “outra vez arroz”, no entanto na pacífica zona de Aguiar da Beira, os episódios recentes de violência estão a deixar a população em pânico. Aldeias cercadas, recomendação para trancar portas e janelas e não sair de casa. GNR a ir porta à porta em busca de um criminoso.
Mantém-se a enorme ‘caça ao homem’ acionada pela Guarda Nacional Republicana, depois de na manhã de terça-feira um militar da GNR ter sido morto e outro ter ficado gravemente ferido, em Aguiar da Beira.
Recorde-se que, depois de se ter colocado em fuga no carro patrulha onde seguiam os agentes que atingiu a tiro, o suspeito (as autoridades acreditam que podem ser duas pessoas) baleou um casal para lhe roubar o carro. O homem acabou por morrer no local e a mulher ficou gravemente ferida.
A notícia da sua morte chegou a ser avançada por vários órgãos de comunicação social. Porém, mais tarde essa informação terá sido desmentida, tendo a RTP 3 noticiado que, afinal, a mulher não terá morrido.
Mais tarde, o homem terá ainda trocado este carro por um outro.
A GNR e o suspeito acabaram por se cruzar mais duas vezes ao longo do dia, primeiro quando este foi mandado parar e não obedeceu, o que resultou numa troca de tiros. E ainda em São Pedro do Sul, onde o indivíduo atingiu um terceiro militar, desta vez nas pernas.
A operação da GNR está montada na região de Candal e as buscas prosseguem. “Continuamos com o que iniciámos ontem”, disse ao Notícias ao Minuto o tenente coronel Machado, referindo que estão no terreno “os elementos necessários”, e que há ajustes sempre que é preciso.
Depois de, na noite passada, a GNR ter apelado para que as pessoas se mantivessem no interior das suas residências, já esta manhã a mesma autoridade informa, em comunicado, que “não será necessário manter esta medida durante o dia, podendo os residentes regressar às suas atividades diárias”.
Contudo, há apelos para que “as pessoas se mantenham atentas” e contactem as autoridades em caso de suspeita.
Em casos destes só podemos esperar que a GNR não o apanhe.. com vida. Pior é se no fim disto tudo ele ainda vem para a rua e vai algum militar dentro. Não seria inédito neste país.
