16 ANOS DE PRISÃO para o condutor que atropelou fatalmente a irmã do Djaló

Em Setembro de 2018 as festas da Moita ficaram marcadas por uma notícia trágica: um gajo lançou o carro contra algumas pessoas numa rua fechada ao trânsito, tendo atropelado mortalmente a irmã mais nova de Yannick Djaló, Açucena Patrícia, e ferindo outras 5 pessoas.

Abel Fragoso, o condutor acusado do atropelamento, foi condenado a 16 anos de prisão, esta terça-feira. O jogador de futebol vai ainda receber uma indemnização que ronda os 80 mil euros, pela morte da jovem.

A sentença confirma os factos apresentados pela acusação, condenando Abel Fragoso, de 22 anos, a 16 anos de prisão por um homicídio qualificado consumado e 11 homicídios na forma tentada (tentativa de homicídio), além de uma pena acessória de inibição de conduzir por quatro anos. Tendo em conta o que está em jogo, a pesa nem foi pesada.

Consideraram que o arguido não atuou por negligência, ao contrário do que apontou em sede de julgamento, mas “por ter o orgulho ferido por ter sido agredido ao pé de tanta gente”, apontando para um contexto de vingança.

O julgamento decorreia desde 14 de outubro e ficou marcado pela apresentação de “três versões” por parte do arguido, apesar de o MP ter considerado que a declaração dada em primeiro interrogatório foi a que teve “mais credibilidade” porque foi a “mais espontânea e sem interferência de terceiros”.

No primeiro interrogatório, o Abel Fragoso tinha confessado que perdeu a cabeça depois de ter sido “agredido muitas vezes”, mas mudou depois a história dizendo que o “acidente” tinha acontecido por “falta de experiência”, porque só tinha carta há dois meses.

De acordo com o Ministério Público, os testemunhos das vítimas comprovaram os factos da acusação no que diz respeito ao “percurso feito pelo veículo” na rua fechada ao trânsito. Confirmaram ainda que de facto Abel Fragoso tinha estado envolvido numa rixa no local do atropelamento, na Travessa do Açougue.

A defesa do arguido tentou ainda justificar o que aconteceu com a possibilidade de existir areia no pavimento, devido às largadas de touros. Isso aliado à suposta falta de experiência do condutor, teria causado perda de controlo da viatura. Contudo, a procuradora sublinhou que “não consta qualquer referência sobre a existência de areia no pavimento”.

Abel Fragoso confessou também ter consumido álcool e drogas na noite dos incidentes.


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