Finalmente o verão está aí à porta. Dias de muito sol, calor e também mais longos. Aumentam as atividades ao ar livre e as idas à praia. Mas os riscos para saúde mantêm-se nos meses mais quentes, apesar de muitas pessoas os esquecerem ou então distraírem-se.
Como reconhece o doutor Christopher M. McStay, chefe de operações clínicas e professor na Escola de Medicina da Universidade do Colorado, ao Huffington Post aumentam os riscos de afogamentos e de lesões relacionadas com desportos. E não fica por aqui!
O site norte-americano falou com alguns médicos que indicaram as seis lesões mais comuns no verão e deixam sugestões para evitar uma ida ao hospital nesta estação.
1 – Doenças relacionadas com o calor
As temperaturas aumentam e os riscos também. A ideia de querer aproveitar ao máximo as elevadas temperaturas deve ser acompanhada pelos devidos cuidados. Demasiada exposição ao sol pode resultar em desidratação e insolação. Os sintomas podem incluir náuseas, tonturas, enxaquecas e confusão. Dawne Kort, médica das urgências, relembra alguns dos cuidados simples a ter. “Tenham atenção à temperatura, mantenham-se hidratados e evitem estar ao ar livre durante longos períodos de tempo se a temperatura estiver elevada – principalmente durante as horas mais quentes do dia”.
2 – Afogamentos e lesões na água
“Vemos bastantes lesões de pessoas que nadaram”, diz Christopher McStay. “Traumas relacionados com saltos para a água, crianças pequenas que não estão a ser vigiadas, lesões em barcos”. O tipo de lesões que aumentam com a chegada das temperaturas mais quentes.
A principal preocupação recai nos afogamentos, principalmente de crianças. O pediatra Joseph Perno explica porque isto acontece. “Quando temos muitos adultos juntos, seria de pensar que mais pessoas estariam atentas às crianças mas as pessoas distraem-se: falam, bebem, divertem-se e ninguém vigia as crianças”. O pediatra alerta que pode ser muito fácil uma criança cair numa piscina sem que os adultos reparem nisso e recomenda que haja sempre um adulto destacado para supervisionar as atividades aquáticas.
3 – Intoxicação alimentar e gastroenterite
As doenças gastrointestinais e as intoxicações alimentares atingem o seu pico no verão. O aumento das temperaturas requer mais cuidados com os alimentos que vão ser ingeridos. “A comida por vezes não é cozinhada da forma mais apropriada ou pode ter sido deixada ao sol. Ou os frutos e os vegetais não foram lavados como deve ser”, avisa Dawne Kort.
Convém ter particular atenção à comida que esteve exposta ao sol todo o dia e, como já se sabe, lavar as mãos sempre antes das refeições.
4 – Lesões desportivas
O calor convida às atividades ao ar livre, o que significa por vezes atividades desportivas. Desde jogar futebol num jardim ou na praia com os amigos a desportos aquáticos. Entorses e ossos partidos são alguns dos motivos pelos quais as pessoas vão às urgência no verão. Se as lesões não forem graves, como por vezes acontece com as entorses, pôr gelo em casa e descansar o corpo pode ser o suficiente. Mas se não registar melhorias e se a lesão for mais grave, não perca tempo e dirija-se ao hospital.
5 – Irritações cutâneas e picadas de insetos
Com os dias longos passados ao ar livre, muitas vezes em contacto com a natureza, podem surgir mais irritações cutâneas provocadas por plantas mais selvagens. As picadas de insetos também são bastante comuns, visto que com o calor e uma maior humidade há uma proliferação maior de mosquitos. Se uma pomada própria não resultar, o melhor será tomar um antibiótico, avisa a médica Dawne Kort.
6 – Queimaduras solares
Nem todas as queimaduras solares requerem uma visita às urgências. Mas outras sim. Se a sua queimadura solar resultar em bolhas na pele ou for acompanhada por náuseas, confusão, enxaquecas, dores extremas ou arrepios, é um sinal de que deveria ir ao médico. Também será bom ir ao médico se depois de alguns dias em casa a tomar medicação não melhorar.
As precauções são as habituais: evitar estar exposto ao sol durante os períodos em que as temperaturas são mais elevadas e usar sempre protetor solar. “Uma queimadura solar é desconfortável e dolorosa. E o risco crónico de exposição ao sol e de cancro na pele é algo em que temos de pensar todos os dias”, avisa Christopher McStay.