Este casal é sem dúvida especial e teve um gesto de uma coragem sobrehumana. São mesmo boas pessoas…
Keri Young e o marido descobriram às 19 semanas de gestação que a sua bebé sofria de um problema grave: o cérebro de Eva não se tinha desenvolvido, razão pela qual ia nascer com total ou parcial ausência do cérebro.
Tal diagnóstico ditava que Eva não iria viver mais do que 36 horas. Perante o diagnóstico devastador, o casal tomou a difícil – mas rápida – decisão de não interromper a gravidez para que os órgãos da bebé fossem doados a outros bebés que precisassem deles para viver.
O nascimento de Eva estava previsto acontecer em maio, mas acabou por apressar-se. Nasceu no passado dia 17 de abril, ao 12h37. “Dissemos olá e adeus à nossa doce Eva”, contou Royce Young, o pai da menina, no Facebook.
Para este pai, o mais penoso durante o trabalho de parto foi pensar que poderia não ver a filha viva, nem que fosse por cinco minutos. “Só queria segurar a minha bebé e ver o seu peito a mexer-se”, relatou. Isto porque, durante o parto, os médicos confirmaram que a bebé já não tinha batimento cardíaco, o que poderia pôr em causa a doação de órgãos.
Contudo, três minutos após o nascimento de Eva, o médico recebeu uma chamada de uma organização de doação de órgãos, a LifeShare.
A notícia era a melhor: os olhos de Eva já tinham destinatário. Royce descreveu esse momento como “o melhor da sua vida”, que colocou o casal a chorar de alegria por, apesar de tudo, a filha se ter tornado uma super heroína.
“O tempo que estive com ela, um dos olhos estava um pouco aberto, lutei sempre contra a tentação de espreitar”, disse Royce, que partilha a história num longo e emotivo texto no seu blog pessoal.
Nunca mais poderei segurar a minha filha, nunca poderei falar com ela nem ouvi-la rir, mas posso sonhar com os seus olhos pela, primeira vez um dia, e descobrir de que cor eles são.”
Eu acho que até sou um gajo positivo e que tenta ver o lado bom das coisas, mas isto é outro nível de ser humano mesmo. Caraças.
