Isto parece retirado de um episódio de black mirror. Não há hipótese de que isto seja saudável para a cabeça de uma pessoa.
Ninguém fica a bater bem depois de perder um filho, certamente, mas ter um programa de TV a explorar estes sentimentos só pode fazer pior.
Através de uma simulação em realidade virtual, em que a pessoa falecida é trazida por momentos de volta à vida… remexem em cenas demasiado duras, com o propósito de entretenimento.
Nesta simulação, uma criança que morreu em 2016 vítima de doença desconhecida foi trazida de volta à sua mãe para se despedirem e supostamente para tranquilizar a mãe dizendo-lhe que já não sentia dores.
A mulher foi colocada num jardim virtual onde estava a versão digital da sua filha, sorridente e de vestido roxo. “Minha linda, senti a tua falta“, disse a mãe enquanto acariciava a menina com umas luvas com feedback háptico. “Também senti a tua falta”, respondeu a clone digital.
O reencontro terminou quando a menina se deitou para dormir e a mãe se despediu.
Não sei se em algum contexto de terapia – com acompanhamento psicológico especializado – uma ajuda destas poderia fazer sentido, mas num programa de TV parece definitivamente creepy e demasiado perigoso.