A medida visa garantir a sustentabilidade do sistema: antes era fácil pagar as reformas à malta porque não se vivia muito para além dos 65 anos.
Mas à medida que a esperança média de vida aumenta, cada pensionista fica mais anos a receber. Sem que houvesse um aumento da Natalidade para compensar este efeito, o sistema podia entrar em rutura.
Para equilibrar as coisas, uma das ideias que tiveram (e a que está a ser posta em prática), é simplesmente fazer com que as pessoas trabalhem e descontem mais anos, e sobrevivam assim menos tempo na reforma.
Segundo diploma o hoje publicado em Diário da República (DRE), a idade legal de acesso à reforma aumenta mais um mês, estando nos 66 anos e seis meses, já a partir de 2021.
“A idade normal de acesso à pensão de velhice do regime geral de segurança social em 2021, nos termos do disposto no n.º 3 do artigo 20.º do Decreto-Lei n.º 187/2007, de 10 de maio, na sua redação atual, é 66 anos e 6 meses“, lê-se na portaria hoje publicada.
Mas de onde vem este 666? Não é do diabo, é da estatística. A idade de acesso à pensão de velhice varia em função da esperança média de vida aos 65 anos de idade, indicador que o Instituto Nacional de Estatística (INE) atualizou para 19,61 anos, em Novembro passado.
Assim, se a esperança média de vida continuar a subir, também irá aumentar a idade da reforma. Por este andar nem aos 100 podes parar de trabalhar.
