O hacker português RUI PINTO esteve na origem dos leaks que colocaram a descoberto o esquema internacional de corrupção e lavagem de dinheiro da filha do antigo Presidente de Angola, Isabel dos Santos.
Na sequência do seu leak já houve demissões, congelamento de bens, e até quem perdesse a vida: o gestor português das contas da mulher mais rica de África no Eurobic foi encontrado enforcado.
A eurodeputada Ana Gomes, que tem estado em contacto próximo com Rui Pinto no sentido de o defender como whistleblower garante que Isabel dos Santos é apenas a ponta do Iceberg. Rui Pinto tem “muitos mais leaks” que irá divulgar, e mais poderosos corruptos irão cair.
Sousa Tavares disse até no seu espaço de comentário na TV que o Rui Pinto devia estar a ser condecorado no 10 de Junho e a coordenar investigações, em vez de estar preso.
Segundo Ana Gomes contou ontem em entrevista à TSF, antes de Rui Pinto avançar com a exposição pública dos escândalos de corrupção que descobriu, fez “várias denúncias anónimas pelos canais da Procurador-Geral da República (PGR)”.
Ao ver que nunca moveram nenhuma investigação, decidiu avançar por outros meios e recorreu ao Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação (ICIJ).
Foi assim que nasceram os agora famosos Luanda Leaks.
“Ele tem muito mais informação e está disponível para colaborar com as autoridades portuguesas“, diz Ana Gomes avançando também que em Portugal até agora as autoridades não mostraram qualquer interesse em colaborar com o hacker, estando apenas interessadas em condená-lo.