Um navio totalmente autónomo chamado “Mayflower” fará a sua viagem pelo Oceano Atlântico em setembro próximo, para marcar os 400 anos da viagem do primeiro Mayflower, que não era DE TODO autónomo.
Foi o navio que em 1620 levou os primeiros colonos de Inglaterra para o que agora são os Estados Unidos da América. Em apenas 400 aninhos, um peido em termos de tempo geológico, o Mundo mudou tanto. É surreal. Onde estaremos daqui a 400?
Esta viagem é uma maneira gritante de mostrar o quanto a tecnologia avançou nos últimos quatro séculos, mas também uma demonstração importante da tecnologia marítima autónoma, reunida pela organização de pesquisa e exploração marítima Promare com tecnologia IBM.
O Mayflower autónomo será equipado com painéis solares, bem como turbinas a diesel e energia eólica para fornecer a sua potência de propulsão, enquanto tenta completar a viagem de 3220 milhas (5182km) de Plymouth, na Inglaterra, até Plymouth, em Massachusetts, nos EUA.
Se tiver sucesso, estará entre as primeiras embarcações marítimas de tamanho normal a navegar por conta própria no Atlântico. A Promare espera abrir portas para outras aplicações de navios autónomos e de navegação autónoma.
Para promover esta utilização, o navio terá pods de pesquisa a bordo enquanto viaja. Três para ser específico, desenvolvidos por académicos e investigadores da Universidade de Plymouth, que terão como objetivo realizar experiências em áreas como segurança cibernética marítima, monitoramento de mamíferos marinhos e até mesmo enfrentar os desafios dos microplásticos acumulados no oceano.
A IBM forneceu suporte técnico para os aspectos de pesquisa e navegação da missão, incluindo o fornecimento da sua tecnologia de visão PowerAI apoiada pelos seus servidores Power Systems. Esta tecnologia trabalhará com modelos de deep learning ( inteligência artificial ) desenvolvidos em parceria com o Promare para ajudar a evitar obstáculos e perigos no mar. Usará radar, lidar e câmaras ópticas para conseguir tudo isto.
O sistema foi desenhado para usar o processamento local e remoto, o que significa que os dispositivos no navio poderão operar sem estarem ligados à internet. Tentarão periodicamente ligar à base, quando as condições permitirem.
Este é um projeto super interessante que pode mudar a maneira como pesquisamos o oceano, lagos profundos e outros ambientes aquáticos.
O plano é também criar ferramentas de realidade virtual e aumentada para “embarcar” no Mayflower autónomo enquanto ele estiver em viagem: todos poderão ser os novos pioneiros, a bordo desta aventura. Mais info no site da Promare.