CUIDADO: esta semana as temperaturas vão estar bem altas

São boas notícias para quem meteu férias para o final de Julho, mas péssimas notícias para quem combate os incêndios: esta semana as temperaturas vão estar muito elevadas, a chegar aos 39ºC já hoje.

Várias zonas dos distritos de Castelo Branco e Santarém, afetados por incêndios desde o fim de semana, estão hoje com risco máximo de incêndio, temperaturas máximas a rondar os 39/40 graus e baixa humidade, segundo o IPMA.

Infelizmente já surgiram provas de que, mais uma vez, estes fogos não têm nada de acidental. Em alguns sítios já foram mesmo encontrados engenhos explosivos, o que torna praticamente como certo que os incêndios têm mão criminosa e foram muito bem planeados para dificultar as vidas aos bombeiros e causar o máximo de estragos possível.

Em declarações à Lusa, a meteorologista do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), Madalena Rodrigues, avança que esta segunda-feira vai ser marcada por tempo quente, baixa humidade e vento moderado, situação que não é “favorável ao combate aos fogos”.

Castelo Branco e Évora vão ser os distritos com temperaturas mais altas (39).

Beja vai andar à volta dos 38 graus, 36 para Santarém, 33 para Lisboa, 24 para o Porto e 32 para Faro.

Recomendações do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas e da Autoridade Nacional de Proteção Civil relativamente a incêndios:

  • Crie uma faixa de proteção à volta da casa. O perímetro é de 50 metros, calculados a partir da parede exterior da habitação.
  • Caso tenha um jardim, as árvores e os arbustos devem estar a 5 metros da casa. Faça regularmente a manutenção das copas, que devem estar separadas entre si no mínimo por 4 metros, para que não se projetem sobre os telhados. O desrame das árvores deve ser feito 4 metros acima do solo. Se a árvore tiver menos de 8 metros de altura, desrame apenas a metade inferior (50% da árvore). Se está a considerar cortar alguma árvore, dê preferência à mais fraca ou doente.
  • Garanta que nos 10 metros à volta da casa não cresce vegetação mais inflamável, como silvas ou canas.
  • Evite acumular lenhas, sobras de exploração florestal ou agrícola e substâncias inflamáveis (como o gasóleo) dentro da faixa de proteção. Mas se não tiver outro local para guardar esses materiais, acondicione-os em compartimentos isolados.
  • À volta da casa, mantenha uma faixa com 1 a 2 metros de pavimento não inflamável (como cimento ou mosaico).
  • O acesso à casa deve estar sempre limpo e desobstruído. Se for possível, crie também uma zona que permita aos carros fazerem a inversão de marcha.
  • Os telhados, as caleiras e os passadiços de madeira acumulam erva e folhas secas. Limpe essas áreas regularmente.
  • Instale uma rede de retenção de fagulhas nas chaminés da casa. Em caso de incêndio, esteja atento às frestas das portas e das janelas por onde as fagulham possam entrar.
  • Caso tenha plantações, separe as culturas com barreiras corta-fogo (por exemplo, um caminho).
  • Se precisar trabalhar com combustíveis, evite os dias muito quentes e as horas de maior calor.
  • Caso esteja a trabalhar com ferramentas moto-manuais ou corta-matos, evite que toquem em pedras e metais.
  • Avise as autoridades se existir lixo acumulado próximo das habitações.
  • Prepare um plano de evacuação da casa e treine-o com a família. Combine ainda um ponto de encontro ou um modo de contacto, para não ficarem separados durante um incêndio.
  • Não faça fogo no interior das florestas ou nas zonas próximas.
  • Não lance foguetes ou fogo de artifício nos espaços rurais.
  • Nunca deixe as crianças sozinhas em casa, muito menos fechadas à chave.
  • Não deixe as crianças brincarem com fósforos ou isqueiros.
  • Remover materiais combustíveis dos arredores da casa e cortar o gás. Se possível molhar a casa com mangueiras ou mesmo baldes de água.

  • Nunca deixe que um pequeno foco de incêndio cresça. No primeiro minuto, qualquer fogo nascente se apaga com um copo de água mas, cinco minutos depois, uma tonelada de água poderá não chegar.
  • Se as autoridades que têm competências legais, aconselharem a abandonar os locais, procedendo à evacuação, embora seja um momento doloroso, há que partir do princípio que não são ações intempestivas e que foram previamente avaliadas. Não há que hesitar em respeitar as ordens de evacuação.
  • evitar transitar por vias rodoviárias mesmo que estejam abertas, se estiveram na proximidade de incêndios. Isso é facilmente identificável através das nuvens de fumo.


Sobre o Autor

ELEgante

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