Bilionário fundador da HUAWEI responde em tom desafiante às pressões de Trump

Os Estados Unidos colocaram a Huawei numa posição muito complicada ao incluir a empresa numa “lista negra” com a qual as empresas americanas não deveriam estabelecer relações comerciais.

Isso fez com que empresas fundamentais para a sobrevivência da Huawei cortassem relações. Não só fabricantes de componentes mas também de software ( Qualcomm, Intel, Google, etc.. ).

Será que a Huawei pode sobreviver nestas condições? O bilionário fundador da empresa respondeu às questões da Bloomberg de forma no mínimo desafiante, e muito corajosa.

Perguntaram também a Ren Zhengfei se se juntava aos que estavam a pedir que a China retaliasse e colocasse a Apple numa lista negra. Isso seria dramático visto que a produção da Apple é toda na China.

A resposta que deu é tão honrada, brilhante e digna que só podemos deixar aqui a nossa vénia.

Apesar de a Apple ser um dos seus maiores rivais no negócio, o respeito está sempre lá. Admite ser um “aluno” e um “seguidor” do caminho que a Apple ajudou a criar, e diz que seria o primeiro a opor-se se a China retaliasse e tivesse o mesmo comportamento que a américa teve em relação a ele. Massive respect.

Gostámos também da classe com que explicou que apesar de terem objetivos extremamente ambiciosos, não se sentem amarrados a eles. Se tiverem de abrandar para “reparar buracos” antes de voltar a voar a toda a velocidade, estão preparados para isso. Uma visão de longo prazo que por vezes faz falta no Ocidente.

Também explica que não é uma empresa cotada em bolsa por isso não tem pressão de agradar os accionistas, podem fazer as coisas a seu ritmo.

Será que conseguem dar a volta, e quem sabe até regressar mais fortes e capazes de produzir todos os componentes de que precisam localmente ou mesmo nas suas próprias instalações?

Ren Zhengfei limita-se a dizer: “voltem a fazer-nos uma entrevista daqui a 2 ou 3 anos para verem como nos safámos. Se já cá não estivermos, lembrem-se de trazer uma flor para a nossa sepultura.”

Podes ver o video da entrevista no site da Bloomberg. Tentámos colocar aqui mas aquela porcaria de aceitares as cookies do site pode dificultar que vejas como deve ser.


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ELEgante

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