Os estudantes brasileiros da Universidade de Lisboa viram nos corredores algo que os indignou profundamente. Outros colegas, portugueses, juntaram-se ao protesto contra a ação que consideraram inadmissível.
Uma instalação nos corredores da faculdade de Direito da Universidade de Lisboa continua uma caixa de madeira com pedras e a frase “Grátis se for para atirar a um zuca (que passou à frente no mestrado)”.
Os responsáveis pela iniciativa já foram identificados. Segundo a subdirectora da faculdade, Paula Vaz Freire, “Tratou-se de uma acção de um grupo que se chama ‘Tertúlia’ que faz acções satíricas à margem da campanha eleitoral. Portanto, nem é sequer um movimento que concorra às eleições para a Associação Académica”, explicou ao Público.
Contactado pela Lusa, o reitor da Universidade de Lisboa (ULisboa), António Cruz Serra, confirmou que vai avançar com um processo disciplinar ao sucedido esta segunda-feira na Faculdade de Direito.
“Não é admissível na ULisboa nenhum comportamento de xenofobia e serão tomadas posições para punir exemplarmente os responsáveis”, disse à Lusa o reitor, que associa o caso às eleições para a associação académica da faculdade, cujas ações de campanha estão a decorrer.
Durante a tarde de ontem (segunda-feira), alguns estudantes concentraram-se em protesto no exterior da faculdade.
Ergueram a bandeira do Brasil, gritaram “Xenofobia não!” e exibiram mensagens como “Queremos respeito” . Tentarm lembrar os meninos que serão os futuros advogados, juízes e afins deste país que “Xenofobia é crime”.
Fonte: Observador
