Quando me disseram que a Zippy estava a ser fortemente atacada e me mostraram o post que estava no centro de toda a polémica até fiquei um bocado confuso.
Qual seria o problema desta vez?! Seria machismo? Seria racismo? Seria homofobia? Clubismo? Mas o que raio estaria a causar tanta comichão aos internautas raivosos.
Abri o dito post e não vi nada de minimamente problemático. Era apenas uma coleção unissexo como já há tipo… desde sempre. Só que em vez de lhe chamarem unissexo chamaram-lhe “sem género”.
Calma lá… isso é completamente radical e estão a contaminar os miolos da miudagem com ideologias perigosas, ou mesmo a torná-las garantidamente homossexuais… porque toda a gente sabe que a homossexualidade “se apanha” pela roupa que se veste em criança. Se as meninas não vestirem rosa e os meninos não vestirem azul, o seu futuro está inexoravelmente traçado.
Dafuq people?! Seriously!?
É preciso é paz e amor e que a malta se meta mais nas suas vidas e deixe de contaminar o espaço público com estas manifestações de indignação mal apontada.
Há situações que sem dúvida merecem a nossa indignação. Mereciam até que nos mobilizássemos e agíssemos. Esta não é uma delas. É apenas uma coleção de roupa unissexo. Get over it.
Alguns comentários visíveis no Facebook da marca:
«Nem quero acreditar, a Zippy prefere perder clientes de famílias numerosas que durante anos contribuíram para o vosso sucesso, em nome da inclusão do genderless que mais não é do que um atentado às crianças. As crianças nascem rapazes e raparigas, e não vai ser uma moda estapafúrdia que vai mudar a biologia, a ciência e a evolução antropológica do ser humano. Zippy nunca mais»
«Ora aí está! Como não pactuo com a agenda ideológica, a Zippy acaba de perder uma cliente. Não voltarei a fazer compras nesta loja»
«Nunca mais Zippy, ADEUS. Não percebem que nós pais não queremos isto para os nossos filhos? V-E-R-G-O-N-H-A»