Autoridades admitem a hipótese de os cofres do Banco de Portugal, no Carregado, onde está quase metade do ouro de Portugal e são produzidas as notas de euro, ser alvo de ataque com explosivos de Tancos.
As autoridades consideraram que o complexo do Banco de Portugal, no Carregado, onde se encontram os cofres nos quais se guarda quase metade (40%) da reserva de ouro do país – 176 toneladas de ouro – e onde são produzidas as notas e moedas que vão entrar em circulação pode ser alvo de ataque, usando o armamento de guerra furtado nos paióis em Tancos.
O cenário de um ataque aos cofres do Banco de Portugal terá sido discutido durante uma reunião entre polícias, militares e serviços secretos que aconteceu esta quarta-feira, devido à proximidade entre Tancos e Carregado – 90 quilómetros. O propósito da reunião seria analisar as consequências do roubo do material bélico em Tancos.
Segundo o Negócios, as autoridades receiam que o material bélico possa ser utilizado quer para atacar diretamente o edifício, quer para visar as carrinhas de transporte blindadas que saem da fábrica do dinheiro.
A segurança da “fábrica de dinheiro” é assegurada por militares da GNR da Unidade de Intervenção. Fonte dessa unidade garante que não houve “qualquer alteração” às operações de segurança no espaço – dada a sensibilidade do edifício, a GNR mantém, de forma permanente, um nível de resposta elevado.
Dentro do complexo, a segurança é assegurada pelo próprio Banco de Portugal, que instalou sistemas topo de gama, como sensores de movimento e de calor.
O dispositivo não foi reforçado e as operações de vigilância mantêm-se como estavam antes do assalto da semana passada. A própria instituição disse que “não alterou, em nada, as suas medidas de segurança no complexo do Carregado”.