Foi só há 13 anos que o IKEA chegou ao nosso país, com a abertura da sua primeira grande superfície em Portugal, em Alfragide.
Desde então a gigante seuca abriu outras quatro lojas por cá, em Braga, Matosinhos, Loures e Loulé.
A marca cresceu pelas linhas simples, móveis funcionais e preços acessíveis em vários produtos. Mas a marca sueca, fundada em 1943, tem já um lado histórico, um que tem atraído colecionadores.
Há móveis das linhas mais antigas do IKEA a valer milhares de euros em leilão. É o caso da estante desenhada por Gillis Lundgreen ainda nos anos 50, que está a valer mais de seis mil euros.
As cadeiras Vilbert, desenhadas por Verner Panton e apresentadas ao mundo em 1993, valem facilmente no mesmo site dois mil euros cada uma.
Uma chaise longue de 1961, a Singoalla, pode ser comprada hoje em dia por um valor a rondar os quatro mil euros.
Há também um conjunto de cadeira e mesa para criança, igualmente dos anos 60, a valer quase mil euros.
Recentemente, uma cadeira desenhada em 1944, logo no ano a seguir à fundação da empresa, foi vendida por 50 mil libras, qualquer coisa como 57 mil euros.
A grande ironia disto tudo é que os móveis que se estão a tornar mais valiosos foram exactamente os que na sua altura não tiveram sucesso de vendas.
Ou porque os clientes não lhes pegavam, ou porque eram demasiado caros de produzir para serem rentáveis, estes modelos ficaram muito pouco tempo no mercado. Quem comprou na alturam certamente não fazia ideia do valor que as peças alcançariam passadas algumas décadas.
Por isso já sabes, se compraste alguma merda bem feia no IKEA, estima-a com carinho. É possível que daqui a 20 ou 30 anos, no improvável cenário de não se ter desfeito entretanto, o movel valha uns bons trocos.