Escondido no coração da cidade de Roma, o Vaticano é uma cidade-estado independente. Tem apenas cerca de 430 metros quadrados de área e é a casa do Papa.
O local mais importante da igreja católica, apesar de bem pequeno está cheio de segredos. Andamos aqui numa ‘demoníaca’ investigação e encontramos 5 segredos sobre o vaticano que merecem ser partilhados.
5 – EXORCISMOS
Com os avanços nos campos da psicologia, neurologia e biologia, é difícil acreditar que a Igreja Católica continue a realizar exorcismos. No entanto, de acordo com o antigo exorcista Gabriele Amorth, são realizados, alegadamente, 70,000 exorcismos por ano no Vaticano. O mesmo afirma que existem cerca de 300 exorcistas em todo o mundo, e que quatro desses trabalham em Roma. Para além dos sacerdotes que realizam exorcismos, pelo menos dois papas modernos realizaram exorcismos no Vaticano.
O Papa João Paulo II realizou em março de 1982 um exorcismo numa jovem chamada Francesca Fabrizi. Durante o exorcismo, ela contorcia-se pelo chão enquanto gritava de agonia. O Papa disse que ela ficaria curada de qualquer mal que tivesse… E assim foi, a jovem acabou por viver uma vida normal, casada e com filhos.
Em Setembro de 2000 o Papa João Paulo II realizou um outro exorcismo numa mulher que estava sentada na primeira fila da audiência de uma das cerimónias do Papa. A mulher estava descontrolada, e acabou por lutar com os seguranças. O Papa não conseguiu tratar a mulher, que acabou por fazer uma outra sessão de exorcismo que durou duas horas no dia seguinte.
4 – REFORMA DO PAPA
Para a maioria dos Papas, o Papado é um trabalho que se desempenha até à hora da morte. Faz parte do dogma católico. No entanto, isso não significa que eles não podem abdicar do seu emprego em prole de outros benefícios. É raro que um se demita ou se aposente, e ao longo dos últimos 1000 anos, e de 123 Papas, apenas 5 abdicaram do Papado.
Curiosamente, o primeiro Papa a renunciar foi o papa Bento IX, que foi um dos Papas mais jovens. Tinha o rapaz uns 20 anos de idade quando ostentou aquele chapéu incrível pela primeira vez. Foi também o único Papa a servir em vários termos. Foi papa 3 vezes ao longo da vida! E chegou a vender o cargo uma das vezes.
O último Papa a abandonar o Vaticano foi o Papa Bento XVI, em 2013. Alegou razões de saúde, no entanto, há uma teoria da conspiração que afirma que ele foi forçado a sair, ou prejudicado para que renunciasse. É de apontar que o mesmo se aposentou depois do escândalo do ‘Vatileaks’, que revelou documentos que mostraram a luta do Papa Bento XVI em ser mais transparente com o público sobre coisas como o abuso sexual de menores por sacerdotes. Diz-se que a política interna do Vaticano frustrou o plano do Papa Bento XVI.
O que é certo é que acabou por receber uma pipa de massa, e vive agora descansadinho numa bela mansão, para não falar dos sapatos Prada e dos microfones em ouro.
3 – O ESCÂNDALO DO BANCO AMBROSIANO
Tudo começou com o colapso do Banco Ambrosiano, que era um dos maiores bancos privados italianos. Acabou com uma dívida de 1.4 Biliões de Euros. Pouco depois, Roberto Calvi (o senhor da fotografia), que era o gerente principal do banco, foi encontrado morto, pendurado numa ponte em Londres. Originalmente foi considerado um suicídio, no entanto, acabou por se descobrir que o pobre coitado foi assassinado, no entanto, ninguém foi condenado.
Acontece que o Banco Oficial do Vaticano era detentor maioritário do Banco Ambrosiano, e que havia desviado vários Biliões de Euros do banco para empresas fictícias. Outros rumores defendem que vários accionistas do Banco estavam envolvidos com a máfia e com membros de uma sociedade maçónica secreta.
O escândalo do Banco Ambrosiano foi utilizado ainda no enredo do filme ‘O Padrinho, Parte III’ onde o Papa João Paulo I foi assassinado pela Máfia. O Papa João Paulo I foi Papa apenas por 33 dias, até que foi encontrado morto. A causa oficial da morte foi um ataque cardíaco, apesar de nunca se ter realizado uma autópsia. Segundo várias teorias da conspiração, ele foi assassinado porque queria terminar a relação entre a Igreja e o Banco Ambrosiano.
2 – A PENITENCIÁRIA APOSTÓLICA
A Igreja Católica tem uns poderes fantásticos no que toca à absolvição absoluta. Isto incluí o perdão de crimes como homicídio, homicídio em massa, e até genocídios… É verdade. Se forem católicos e decidirem matar a família da porta da frente, podem muito bem ir à Igreja mais próxima, falar com o padre para pedir perdão. Não só tinham perdão, como o padre nunca poderia falar com a polícia.
No entanto, existem 5 pecados que são tão graves que nenhum padre pode absolver. Nestes casos o Vaticano é chamado, e é invocado um tribunal secreto chamado de ‘Penitenciaria Apostólica’. Este tribunal foi criado pelo Papa Alexandre III em 1179, e a natureza dos casos que examinam foi mantida em segredo durante grande parte da história. No entanto, em 2009, a Igreja Católica deu um grande passo no que toca à transparência das suas actividades e relevou a natureza destes pecados.
Dois destes 5 pecados podem ser cometidos por qualquer pessoa. O primeiro envolve a profanação da Eucaristia, uma vez que acreditam ser o corpo e sangue de Cristo. O segundo é a tentativa de assassinato do Papa. Os restantes podem apenas ser cometidos por padres ou por alguém que tente tornar-se padre. Um consiste na revelação de um pecado que lhe tenha ouvido numa confissão. Outro é a confissão de alguém com quem tenham tido relações sexuais. O último é o envolvimento de qualquer forma de um padre num aborto, seja através de acção directa ou financiamento do mesmo.
1 – O BANCO DO VATICANO E O OURO NAZI
De acordo com documentos do Departamento do Tesouro Alemão que datam de 1946, o Vaticano pode ter estado evolvido no trafico e ocultação de ouro Nazi durante a segunda guerra mundial, apesar de ser uma entidade neutral.
Segundo este documento, o banco do Vaticano terá mantido mais de 200 Milhões de Francos, cerca de 254 Milhões de Euros, pelos Nazis. De acordo com o rumor citado no documento, o dinheiro terá depois sido desviado para a Argentina e para a Espanha, onde foi dado a Nazis que fugiram no final da guerra.
Para além disto, o banco do Vaticano terá estado ainda envolvido num golpe fiscal a Sérvios e Judeus pelas mãos de Utashe, grupo fantoche dos Nazis na Croácia. No final da guerra este grupo terá continuado uma campanha de ‘limpeza étnica’ com dinheiro desviado através do banco do Vaticano, cerca de 440 Milhões de Euros.
Em 2000, o Vaticano foi processado por uma entidade desconhecida por estes mesmos crimes, no entanto, o desenrolar deste processo foi um desastre.