Aposto que mesmo assim o gajo se cansa que o trabalho dele é muito chato: afinal, tem de ir todos os dias ao trabalho picar o ponto! E já lá vão 10 anos disto.
Carles Recio chega pelas 7h30 ao Arquivo Geral e Fotográfico de Valencia, em Espanha, pica o ponto e vai embora. Regressa entre as 15h30 e as 16 horas, para dar sinal de que está a sair das instalações, e vai embora novamente.Segundo o El Mundo, o funcionário da Diputación Provincial de Valencia foi nomeado março de 2006 pelo então presidente, Fernando Giner. Foi-lhe atribuído um cargo que parece ter sido criado à sua medida – chefe da unidade de atuação bibliográfica -, mas que nunca exerceu.
Na verdade, Carles Recio nunca teve sequer um computador e secretária nas instalações.
Foram-lhe atribuídas funções de supervisão de fundos bibliográficos e responsabilidade pelos projetos de exposição e publicações, relações entre bibliotecas da província e consolidação de projetos de difusão com entidades sociais e culturais, que na prática pouco significam.
Nunca as exerceu e o seu nome não aparece em qualquer publicação do arquivo.
Ainda assim, há 10 anos que este homem aufere um salário anual a rondar os 50 mil euros, assegura o El Mundo.
Ou seja, já vai com meio milhão de euros no bolso, só para ir dizer bom dia à malta que trabalha e vir embora. Há empregos piores.