Um estudo publicado recentemente concluiu que as pessoas que dizem palavrões são mais honestas do que aquelas que não usam esse tipo de vocabulário.
A investigação foi realizada por cientistas da Universidade de Maastricht, da Universidade de Ciência e Tecnologia de Hong Kong, da Universidade de Stanford e da Universidade de Cambridge.
Segundo os especialistas, há uma razão para esta ligação entre a sinceridade e os palavrões: quem apresenta esta característica não usa filtros de linguagem e diz o que pensa de um modo genuíno.
O estudo publicado na revista Social Psychological and Personality Science revela que procurar palavras mais simpáticas é um caminho para uma menor honestidade, mesmo que não haja má intenção.
A investigação foi dividida em três partes. A primeira envolveu um grupo de 307 pessoas, e cada participante recebeu várias de perguntas sobre o uso de palavrões, e sobre o seu comportamento – como por exemplo “se garantir que vai fazer alguma coisa, mantém a promessa, independentemente da inconveniência que possa causar?”
Os cientistas compararam a lista de promessas de cada participante com as suas respostas e concluíram que os indivíduos que afirmaram utilizar palavrões com mais frequência eram mais honestos nas respostas.
Numa segunda parte do estudo foram analisadas 74 mil pessoas através do Facebook, e aqueles que utilizavam mais palavrões apresentavam histórias com maior rigor e com sinais de veracidade evidentes.Na terceira parte da investigação, os cientistas estudaram o modo como a sociedade vê os indivíduos que usam esse vocabulário.
Os especialistas organizaram os participantes norte-americano por Estados e, com recurso a um programa de computador para analisar os dados da Investigação de Integridade do Estado de 2012, concluíram que os Estados que tiveram a maior percentagem de palavrões também tiveram um maior índice de integridade.
Esta não é a primeira vez que o facto de alguém dizer asneiras revela algo positivo. Um estudo realizado em 2015 concluiu que as pessoas inteligentes tendem a usar mais palavrões.
Fonte: ZAP