Sara foi vítima de tentativa de violação num bar em Paris. Ao fim de um ano, escreve uma carta aberta ao homem que a agrediu sexualmente, pedindo mudanças na sociedade.
Três semanas depois de Sara Roebuck se ter mudado para Paris, para seis meses num intercâmbio, foi atacada por um homem num bar que a agrediu sexualmente. Quase um ano depois do episódio, Sara decidiu escrever uma carta aberta ao agressor.
“Eu quero que as coisas mudem (…) insisto que as coisas mudem”, escreveu, saindo em defesa de todas as mulheres que estão em silêncio e que “foram apalpadas, assediadas, atacadas, violadas, filmadas, fotografadas, perseguidas, tocadas contra o seu consentimento (…), ainda por cima dentro de uma sociedade que permite, nalguns casos, com outras mulher a culpá-las e com homens à volta que se dizem progressistas e modernos”.
Sara diz ser uma dessas mulheres e garante que o que lhe aconteceu acontece todos os dias a outras mulheres. “Quero que abram os olhos”, frisa, dirigindo-se às mulheres que foram tocadas e abusadas sexualmente sem consentimento.
“Vocês não estão sozinhas, nunca estão sozinhas. Este não é o vosso fim. Não. Isto não vos define. A minha vida não foi destruída e a vossa também não”, remata.
A carta foi escrita após Sara se ter encontrado novamente com o agressor, embora num contexto bem diferente.
Desta vez ele estava algemado, e não a agarrá-la. Os seus olhos estavam fixos no chão, e não a centímetros da cara dela. Estavam na mesma sala de novo, mas desta vez por vontade de Sara, que conseguiu justiça e meteu o homem atrás das grades uns bons aninhos.
Entretanto a carta está a ser difundida por todo o Mundo, para surpresa até da própria Sara, que ficou ainda mais motivada para usar a sua história para inspirar outras mulheres a não se calarem quando são vítimas de agressões.
Podes ler a carta original e completa no Medium.