É super interessante e merece a nossa atenção: agora é para o DAESH e por isso fazem-no publicamente, mas esta ferramenta pode ser usada para… qualquer propósito.
Desde decidir quem vai ser o próximo presidente de um país a fazer empresas terem sucesso ou falirem, a propaganda subliminar para manipulação de massas já está a ser abertamente usada.
Basicamente a Google vai usar a sua gigantesca rede para manipular mentes e alterar as ideias das pessoas, de uma forma científica e sistemática, identificando padrões de comportamento e fazendo propaganda que os contrarie.
O Google afinou a pontaria e colocou no terreno a sua maior arma para combater o Estado Islâmico. A empresa norte-americana está a usar o seu poderoso sistema de segmentação publicitária para minar a propaganda jihadista.
O “Redirect Method” é o nome deste programa especial do Google de combate contra a influência do Estado Islâmico que é disseminada pelos militantes do grupo terrorista através da Internet.
Desenvolvido pela Jigsaw, uma empresa filial da Google, e pela startup inglesa Moonshot CVE, este programa conta com a colaboração da Quantum Communications, do Líbano, e é uma parceria com a Gen Next Foundation, uma fundação norte-americana que luta contra os extremismos.
Lançado há cerca de um ano, o programa, que também está a ser utilizado para lutar contra as violências da Extrema Direita americana, apoia-se no algoritmo do Google que gera sugestões publicitárias, identificando palavras-chave e padrões de actividade típicos de um simpatizante do Daesh.
Logo que são identificados estes utilizadores que vão no caminho do extremismo, o Google apresenta-lhes anúncios que, “minam subtilmente” a propaganda do Daesh, conforme explica a responsável de pesquisa e desenvolvimento da Jigsaw, Yasmin Green, em declarações ao Business Insider.
“É essencialmente, uma campanha de publicidade direccionada com conteúdo seleccionado que desmascara a mitologia do Daesh“, nota Green.
Progapanda Subliminar
“Os anúncios não surgem abertamente como anti-Daesh”, acrescenta o site, realçando que se afiguram como algo que vai ao encontro do interesse do utilizador em causa, “mas que, em última instância, marginaliza as ideias” do grupo terrorista.
O objectivo é fazer com que as pessoas se desinteressem do grupo terrorista, sem se aperceberem disso.
Alguns exemplos desta campanha do Google incluem vídeos do YouTube com uma mulher a confrontar guerrilheiros do Daesh, testemunhos de desertores do grupo e discursos de imãs a explicarem que o Islão não tem nada a ver com aquilo que os terroristas defendem.
Para já, ainda não é possível medir a eficiência da campanha, mas a Google garante que, em termos de cliques, está a ser um sucesso, com uma procura três vezes superior à das campanhas publicitárias tradicionais.