Aos 17 anos, a jovem Rita Katz decidiu converter-se numa “caça-terroristas”. E tinha razões bem pessoais para o fazer! É quase uma história de filme.
Começou por se infiltrar numa fundação islâmica. Agora, dirige a maior organização antiterrorista do Mundo, e é a pessoa mais temida pelo DAESH.
Idade: 53 anos
Profissão: Espia caça-terroristas
Estado Civil: Casada
Filhos: 4
Nacionalidade: Iraque
Religião: Judaica
Morada: Desconhecida, algures nos Estados Unidos
Quando há um atentado, é a ela que as forças de segurança de países como os EUA recorrem inicialmente em busca de informações. Rita Katz, a mulher mais temida pelo Estado Islâmico, e de quem a edição online do jornal espanhol El Mundo traçou esta quarta-feira o perfil.
Rita Katz nasceu em 1963, no Iraque, e decidiu começar uma vida a “caçar terroristas” depois de o seu pai ter sido executado em público após ser acusado de espionagem pelo governo de Saddam Hussein.
Começou a sua carreira ao integrar uma fundação islâmica, disfarçada de uma fiel muçulmana – uma espécie de Mata Hari – e participando em reuniões durante vários meses, vestida com uma burka e com um gravador escondido numa barriga de grávida.
Depois de publicar a sua autobiografia, a identidade de Katz foi revelada – o que destruiu qualquer hipótese de se poder infiltrar novamente em grupos terroristas.
Katz deixou o trabalho de campo e criou o SITE Intel Group, que começou por ser um instituto de pesquisa de terrorismo islâmico, mas que é agora a principal Organização Não Governamental antiterrorista no Mundo.
A “caça-terroristas” revela que o segredo da sua eficácia reside no facto de contratar espiões nativos de países árabes, o que os permite lidar com a linguagem e compreender a cultura.
“Os meus espiões infiltram-se onde tudo acontece, incluindo o terrorismo: nas redes sociais. Eles não precisam de ir até ao Afeganistão para treinar, fazem isso diretamente pela Internet”
Aos 53 anos, Rita Katz tornou-se na mulher mais temida pelo Daesh, e o seu segredo é simples: infiltrar-se onde todos os outros agentes falham – nas próprias redes terroristas.