Eurovisão? “Desde o início que o plano de Portugal era jogar sujo”

O jornal El Español comentava assim, de forma irónica, a vitória de Salvador Sobral, acusando-o de não cumprir as regras implicitas desta competição.

Desde o início que o plano de Portugal era jogar sujo. Quebrar as regras. Ao contrário do resto dos países participantes como a Croácia, Noruega, Azerbaijão, Israel ou Austrália, os lusos não se apresentaram este ano no Festival Eurovisão com uma versão reles e ultrapassada de karaoke, como manda a tradição, mas sim com uma canção a sério”


É desta forma – irónica – que Manuel de Lorenzo, cronista do El Español, descreve a vitória de Salvador Sobral no Festival Eurovisão da Canção, este sábado.

O jornal espanhol escreve que ‘Amar pelos Dois’ era “uma canção bem escrita, de harmonias sedosas, melodia delicada e versos inspirados”. A verdade é que no seu primeiro triunfo Portugal obteve a vitória com a pontuação mais alta de qualquer canção, de qualquer país, em toda a história do Festival. Entrámos a rasgar!

“E isso não vale”, continuou. Porque se é para participar, há que assumir “as consequências”. “Levar a coisa a sério e ganhar é uma sacanice”, escreve.


O diário lamenta que o que restou aos outros países tenha sido uma pesada derrota, quase sem pontos: “Tínhamos agendado uma noite de sábado para passar um bom bocado e tinha que aparecer o vizinho sensato”, brincou.

Por outro lado, continua a crónica, no mesmo tom, “acabar em último”, como foi o caso de Espanha, “significa entrar na história. Fazê-lo com zero pontos é alcançar a glória”.


Sobre o Autor

ELEgante

O homem urbano e cosmopolita, moderno e com bom gosto. Sabe o que quer, vive como gosta.